Por favorecer a interação com o ambiente, a práxis tem relação direta com o comportamento. Essa conexão é interessante de ser levada em consideração quando temos queixas de crianças com comportamentos desafiadores e conflitos com os pares, que muitas vezes é vista como um problema de modulação sensorial.
Isso acontece porque muitas crianças com dispraxia conseguem compreender as suas dificuldades e evitam situações desafiadoras ou tentam conduzir e dominar as atividades, por exemplo. Classificadas como “difíceis de conviver” ou “temperamentais”, elas muitas vezes estão apenas lidando com os desafios com os recursos que possuem.
Precisamos lembrar que as dificuldades na práxis não implicam apenas no engajamento das atividades, mas também na formação da autoestima. Por isso, a terapia ocupacional não foca apenas nas habilidades, mas em tudo que envolve e impacta o engajamento ocupacional.